O termo prostatectomia proveniente do grego, que significa tomos – pedaço cortado e retirado – é utilizado para descrever o procedimento cirúrgico de retirada da próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, responsável pelo enriquecimento do sêmen e fundamental para a fertilidade do homem.
A prostatectomia radical consiste na cirurgia de remoção de toda a glândula e estruturas ao redor, como as vesículas seminais.
Essa técnica é eficiente no combate ao câncer de próstata quando o problema está confinado à glândula, em fase inicial da doença.
A prostatectomia simples (adenomectomia da próstata) também é uma cirurgia para remoção dos tecidos prostáticos. Só que nesse caso, o procedimento é feito para retirar o chamado adenoma, que é a região crescida na hiperplasia benigna da próstata (HPB). Em suma, esse procedimento retira a próstata parcialmente (prostatectomia parcial), preservando sua cápsula. É feito em pacientes portadores da HPB, uma doença benigna (adenoma), enquanto a prostatectomia radical é feita em pacientes portadores de câncer (adenocarcinoma acinar usual).
As principais vias de acesso cirúrgico em uma prostatectomia simples ou radical são a prostatectomia aberta, que é o método convencional, e os procedimentos minimamente invasivos, através da laparoscopia e cirurgia robótica de próstata.
Quando estamos falando de prostatectomia radical, a reconstrução do organismo após a saída da próstata é feita com uma costura entre a uretra e a bexiga. A sonda urinária passa através desta região e serve como molde para a cicatrização. É por isso que todos os pacientes operados dessa cirurgia saem portando esse dispositivo. A permanência da sonda varia de 7 a 10 dias, quando teremos segurança para retirá-la sem prejuízo ao que foi costurado internamente.
Os pacientes que foram operados por cirurgia robótica costumam sentir menos dores e têm uma recuperação mais rápida.
Após a cirurgia, para os casos de pacientes com câncer, o acompanhamento é feito com exames de PSA, solicitados de forma periódica. Esse exame é de extrema importância para entendermos o comportamento e evolução da doença após ter sido retirada.
A prostatectomia aberta é feita através de uma incisão cirúrgica abaixo do umbigo até a região do púbis. Cada vez menos comum, é a via de acesso convencional. Pode ser realizada prostatectomia simples ou radical. Uma das maneiras de realizar a remoção do adenoma da próstata, em casos de prostatectomia simples, é através de um corte na bexiga. Esse acesso cirúrgico é conhecido como PTV – prostatectomia transvesical.
Nessa abordagem, o urologista faz um corte através da bexiga para chegar até a próstata. Ali, acessa-se a próstata por dentro, o que facilita a retirada dos tecidos crescidos. A PTV também pode ser feita por via laparoscópica e robótica.
O cirurgião acessa a região da próstata com instrumentos passados através de pequenas incisões na pele. Com auxílio de uma câmera, o procedimento é feito de forma minimamente invasiva.
A cirurgia mais moderna na atualidade é por meio da robótica, procedimento minimamente invasivo que trouxe muitos ganhos ao paciente.
Essa técnica cirúrgica tem o potencial de diminuir riscos de sequelas como a incontinência urinária e a perda da ereção.
A comparação entre a cirurgia robótica e os outros tipos de cirurgia para o câncer de próstata mostra que o paciente que realiza o procedimento por meio da robótica tem mais chance de recuperar a ereção e chances menores de ter problemas com incontinência urinária.
Esses resultados são conquistados principalmente porque a precisão do procedimento é maior. A utilização da visão 3D permite uma melhor visualização das estruturas a serem operadas e a delicadeza de movimentos das pinças robóticas proporciona mais destreza e precisão ao cirurgião.